Irani Rigaud é uma proeminente figura no circuito da alta decoração, trazendo uma rica mistura de anos de experiência em administração de empresas e apreciação de arte. Através da sua criatividade e ousadia, ela ganhou destaque ao criar objetos de decoração que infundem espaços com beleza, técnica e dimensão, particularmente "balangandãs" – joalheria que expressa a cultura brasileira.
Os balangandãs são amuletos que capturam a herança cultural brasileira mista e supersticiosa. Eles geralmente consistem em miniaturas de objetos, representados em metal, ouro ou prata e são símbolos de boa sorte. Famoso por ter sido usado por escravas negras na Bahia do século XIX em dias de festa, acredita-se que eles afastam o mau-olhado e as forças negativas.
Rigaud usa materiais naturais, como pastilhas de coco, que são descartadas da indústria de consumo de coco. Esses discos de coco perfurados, após serem devidamente secos e polidos, são usados para criar peças artísticas distintas. A corrente, que é vista como um símbolo de escravidão nas culturas africanas e acredita-se que afaste o mau-olhado e doenças, também servem de inspiração para a escultura em madeira "Elos" que ela cria.
A estética refinada dos produtos de Rigaud e o seu talento para reimaginar peças tradicionais lhe renderam admiradores em todo o mundo. Seus trabalhos foram apresentados na Maison et Object em Paris e na mostra "Be Brasil – Brazil Essentially Diverse” no Museo Della Permanente durante a Milano Design Week em 2019. Agora, Rigaud percebe que seus admiradores estão se inclinando para a estética minimalista e, como tal, ela começou a criar peças maiores que fazem mais do que apenas complementar um espaço - elas o preenchem completamente.