A Galeria de Arte Ipanema inaugurou na noite de segunda-feira a exposição “Alfredo Volpi e Ione Saldanha: o frescor da luminosidade”, com curadoria de Paulo Venancio Filho, que homenageia os trinta anos de morte do grande artista ítalo-brasileiro Alfredo Volpi (1896-1988). Criando um lindo e harmonioso diálogo com as cores e formas consagradas de Volpi, presentes na rara reunião de 68 obras do artista pertencentes a coleções privadas do Rio, de São Paulo e de Minas, o curador aproximou outros vinte trabalhos da artista gaúcha radicada no Rio Ione Saldanha (1919-2001), salientando as semelhanças entre os dois. Um belo livro-catálogo editado pela Barléu, de Carlos Leal, com texto do curador e imagens do fotógrafo Rômulo Fialdini, acompanha a mostra.
Luiz Sève, a esposa Guida e seus filhos Luciana, Luiz – que trabalham com o patriarca na Galeria Ipanema – e Daniela, que tem um escritório de arte em São Paulo, recebiam os convidados, dentre eles vários colecionadores, como Diógenes Paixão – dono do icônico Bar do Mineiro, em Santa Teresa – Eugênio Pacelli, Luiz Roberto de Souza Sampaio e Carlos Alberto Chateaubriand, presidente do conselho de administração do MAM. Paixão explicava a convidados a presença de ripas coloridas pintadas por Volpi, que faziam um contraponto com os famosos bambus de Ione Saldanha, pendurados no teto. “Volpi recolheu pigmentos da construção de Itaipu, e depois de lavar a areia e decantar, e colava na madeira para ver se resistiam à luz. Os que eram aprovados por ele serviam de material para sua pintura”, contou o colecionador. Estava lá também Victor Murtinho, da Sotheby’s, que ocupa um espaço no prédio da Galeria Ipanema, projetado porMiguel Pinto Guimarães.
Paulo Venancio Filho foi acompanhado pela mulher, a artista Ana Holck, e o filho mais velho do casal, Daniel, com dez anos, que depois de apreciar todos os trabalhos se distraiu contando as bandeirinhas pintadas por Volpi.
A mostra fica em cartaz até 3 de novembro de 2018.