Você viveria um relacionamento livre? Onde Ninguém é de ninguém? Foi com esse tema que Ildázio Jr. e Michelle Marie entrevistaram o jornalista, doutor em comunicação e cultura contemporânea, Leandro Colling. Confira uma síntese:
Ildázio e Michelle- O homem nasceu realmente para ser monogâmico ou essa foi uma condição imposta pela nossa sociedade?
Leandro Colling- Todas as regulações sobre sexualidade datam mais ou menos do final do século 18 inicio século 19. Foi a partir daí que estudos começaram a serem feitos sobre o tema, sobre doenças como a sífilis e foi quando a própria ciência foi regularizada. O homem “ reconhecidamente” nasceu para ser poligâmico. Monogamia é um regulamento, algumas sociedades aceitam, outras não.
Ildázio e Michelle – Que elementos contribuíram para a constituição do nosso regulamento?
Leandro Colling – Um dos estudos mais respeitados pesquisou 1231 sociedades, sendo apenas 186 monogâmicas e todo o resto poligâmica. Ou seja, a poligamia é muito forte perante todo o mundo.
Ildázio e Michelle- Nossa cultura define o brasileiro como monogâmico. Como o senhor vê isso?
Leandro Colling – Mesmo o brasileiro sendo monogâmico ele trai bastante. A gente tem que diferenciar tipos de poligamias. Onde ela é aceita, existem conjuntos de regras, são relacionamentos registrados em cartório e etc. No Brasil, a poligamia funciona debaixo dos panos.
Ildázio e Michelle- Existe algum lugar que seja aceito a mulher conviver com vários parceiros?
Leandro Colling- Em poucos lugares, por exemplo no Nepal, em um determinado ponto do Nepal.
Ildázio e Michelle- Ta em alta o feminismo?
Leandro Colling – Feminismo é necessário e o machismo ainda é muito violento. A situação atual continua sendo muito violenta de desigualdades.
Ildázio e Michelle- O que vem a ser o movimento Poliamor?
Leandro Colling – É um movimento que nasceu nos EUA e que prega relações livres e em consenso.
Ildázio e Michelle- Que mensagem você deixa para finalizar?
Leandro Colling- Paradoxalmente o mundo está mais tolerante, mas as vezes também existem discursos muito duro. A uma tolerância maior. Mas, ao invés de tolerância, é preciso saber conviver com as diferenças e existir o respeito.
