De Feira de Santana para o Brasil, assim surgiu Thati a nova promessa do pop rock nacional, repleta de talento e muita ousadia, conquista um número cada vez maior de fãs a cada nova apresentação. Durante a entrevista, você vai conhecer mais dessa mulher que, com muita simplicidade e simpatia, canta, toca, compõe, interpreta e sente cada nota de cada canção.
Michelle Marie - A Bahia é o palco do axé, como se destacar fazendo um som diferente nesse cenário? Há muitas dificuldades?
T- A Bahia é, sem dúvidas, uma verdadeira indústria da música de Carnaval. Diante dessa realidade do mercado da música baiana, fica evidente que as barreiras e dificuldades para quem faz outro tipo de som são bem maiores, mas não me preocupo muito com isso não; sigo sempre em frente, fazendo a minha verdade, o meu trabalho... Em relação às pedras que encontro por esse caminho? Junto todas elas, pois é com elas que estou construindo o meu castelo!
M.M - Quando você descobriu que tinha talento para a música e poderia fazer disso uma profissão?
T- Ainda bem pequena, com uns 3 anos, minha mãe sempre falava que eu não podia ver um microfone pela frente. Aos 13, ganhei meu primeiro violão e guitarra (que até hoje estão comigo, inseparáveis), montei uma banda com meu irmão, e a partir daí comecei a cantar profissionalmente.
M.M - O seu primeiro CD é composto por estilo musical diferente do atual, como foi a transição do MPB para o Pop? T- Há uma linha tênue entre o MPB e o POP. O meu primeiro álbum, "Por Cima", dizia muito de mim, mas faltava algo: A GUITARRA! Guitarra essa de uma forma mais visceral, sendo ela a responsável por trazer o pop-rock para o meu segundo disco. Além disso, estou mais atrevida, externando meu lado compositora, que também revela as minhas influências do pop / pós-moderno.
M.M - Originalidade, criatividade e personalidade são características marcantes nas suas apresentações. De onde vem essa inspiração?
T- Da música! A música é minha grande fonte de inspiração, minha religião, meu alimento! No palco me sinto plena, viva, a energia que troco com o público, me alimenta, me emociona, me contagia!
M.M - Qual a sensação de fazer o show de abertura de artistas tão consagrados como Djavan, Frejat, Isabella Taviani e Luis Melodia?
T- Sinto-me muito feliz e privilegiada por dividir o palco com artistas os quais admiro e respeito; até porque, vários deles, fazem parte de minhas influências musicais também.
M.M - Seu novo CD fica pronto este ano, o que os seus fãs podem esperar desse trabalho?
T- Como muitos já sabem, meu disco está sendo produzido no Rio de Janeiro por Robertinho de Recife, que divide comigo a concepção, direção e arranjos. Além de um ícone e um ídolo de infância, Robertinho é uma grande referência no que se refere ao meu lado instrumentista. Volto em setembro para finalizar, em novembro o CD deve estar nas lojas. Os fãs podem esperar um trabalho de muita verdade, amor e qualidade.
M.M - No mercado atual é preciso inovar para ter destaque em qualquer área, quais são os projetos futuros?
T- Muitos já dizem que esse meu lado "guitar woman" é um diferencial bacana, inovador. Inclusive, fico chocada quando algumas pessoas duvidam que sou eu realmente que faço os solos, chegando a questionarem se estou fazendo playback. Será que é tão difícil acreditar que as mulheres são tão ou mais capazes do que os homens (risos...)? Estou investindo cada vez mais nesse meu lado instrumentista; estudo violino, piano, bateria, e pretendo em breve usá-los nos meus shows.