Brasileiros aumentam seu investimento em dólares

Com a flutuação cambial, a moeda ainda é uma das mais seguras para realizar aplicações

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Em 2023, os investimentos de brasileiros no mercado financeiro internacional alcançaram US$ 45,18 bilhões, marcando um crescimento de 12,5% em relação ao ano anterior. O saldo líquido, que é a diferença entre o valor aplicado e o resgatado em investimentos no exterior, registrou US$ 4,37 bilhões, um contraste importante com os US$ 142 milhões negativos observados em 2022. Esses dados, extraídos do balanço de pagamentos do setor externo e consolidados pelo Banco Central, incluem tanto as aplicações de pessoas físicas quanto jurídicas. 

De acordo com Leônia Pinheiro, sócia diretora da CV Assessoria Internacional, empresa especializada em assessoria em imigração, nacionalidade e negócios internacionais, muitos investidores têm buscado alternativas no mercado internacional para diversificar suas carteiras e proteger seu patrimônio. “Investir em dólares americanos tem se mostrado uma das opções mais atrativas, devido à estabilidade e à força da moeda no cenário global”, explica.

Ela ainda destaca que o aumento dos investimentos no exterior reflete uma busca por segurança e proteção contra políticas econômicas imprevisíveis. “A diversificação global é fundamental para proteger o patrimônio dos brasileiros, especialmente em um cenário onde mudanças nas regras e políticas podem impactar a segurança dos investimentos no Brasil”, afirma.

Investir em ativos globais oferece oportunidades além dos mercados tradicionais, incluindo setores variados como tecnologia, saúde e infraestrutura. As vantagens de aplicar recursos fora do país incluem a mitigação dos riscos associados a políticas internas e a chance de acessar mercados com maior potencial de crescimento.

Ao optar por investimentos no exterior, é fundamental ainda considerar os aspectos regulatórios e fiscais, além da diversificação dos ativos. “A diversificação também abre portas para oportunidades em diferentes regiões e setores globais, proporcionando um equilíbrio maior para o portfólio de aplicações”, explica.

Além disso, a economia internacional oferece um ambiente propício em diversos setores, como imobiliário, ações, títulos públicos e startups. "Oscilações cambiais podem representar uma oportunidade para os investidores. É fundamental que os brasileiros analisem bem o momento de entrada no mercado, além de considerarem aspectos regulatórios e fiscais que podem impactar o retorno", ressalta a especialista.

Ao investir em dólares, é necessário estar atento a alguns fatores essenciais. Primeiramente, é importante compreender as flutuações cambiais e como elas podem afetar o valor dos investimentos. Além disso, as questões regulatórias, como impostos sobre rendimentos e transferências internacionais, devem ser bem avaliadas para evitar surpresas desagradáveis.

Outro ponto a ser considerado é a diversificação do portfólio. Investir em diferentes ativos nos Estados Unidos pode ajudar a mitigar riscos e aumentar as chances de retornos positivos. “O mercado imobiliário, por exemplo, oferece oportunidades em diversas regiões e tipos de imóveis, desde residenciais até comerciais”, pontua. Ela acrescenta que as ações de empresas de outros países, especialmente as de tecnologia, têm mostrado um desempenho grande e podem ser uma excelente adição a qualquer portfólio.

Por fim, é recomendável buscar orientação especializada para navegar pelo complexo ambiente de investimentos internacionais. Contar com a expertise de profissionais que entendem tanto o mercado brasileiro quanto o americano pode fazer toda a diferença na elaboração de uma estratégia de investimento bem-sucedida. A CV Assessoria possui um setor chamado CV Investment para auxiliar quem deseja iniciar suas aplicações. 

“Investir em dólares pode ser uma excelente maneira de diversificar e proteger o patrimônio, mas requer planejamento e conhecimento. Com a abordagem certa, os brasileiros podem aproveitar as inúmeras oportunidades que o mercado internacional tem a oferecer”, conclui Leônia.

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Michelle Marie