Dia Mundial do Coração: A Importância da Conscientização Cardiovascular nas Mulheres

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Hoje, Dia Mundial do Coração, reforça-se a importância da conscientização sobre a saúde cardiovascular, especialmente para as mulheres. Em setembro, durante a campanha do Setembro Vermelho, alerta-se para as doenças cardíacas, a principal causa de morte no Brasil e no mundo. Embora essas doenças sejam historicamente associadas aos homens, as mulheres estão igualmente em risco, especialmente após a menopausa.

Estudos recentes indicam que, antes da menopausa, os hormônios femininos oferecem certa proteção contra doenças cardiovasculares. No entanto, após essa fase, o risco aumenta significativamente, aproximando-se dos índices masculinos. As doenças isquêmicas cardíacas e cerebrovasculares são as principais causas de mortalidade cardiovascular em mulheres, com aumento de incidência especialmente após a menopausa. Entre 1990 e 2019, a prevalência dessas doenças caiu mais nos homens do que nas mulheres, que enfrentam um ponto crítico na saúde cardíaca nesse período.

Fatores de risco comuns a ambos os sexos, como sedentarismo, alimentação inadequada, obesidade, hipertensão arterial e diabetes, são agravados em mulheres por condições específicas, como menopausa precoce, doenças relacionadas à gestação, autoimunes e estresse psicoemocional. Segundo a Dra. Marianna Andrade, coordenadora do Núcleo de Cardiologia do Hospital Mater Dei Salvador, sintomas de doenças cardíacas em mulheres podem se manifestar de forma atípica, como náuseas, fadiga e palpitações, levando ao subdiagnóstico.

O diagnóstico precoce é fundamental para melhorar o prognóstico das doenças cardiovasculares nas mulheres. Infelizmente, a visão equivocada de que essas doenças são "masculinas" faz com que sintomas em mulheres sejam subvalorizados, atrasando o tratamento adequado. A campanha do Setembro Vermelho reforça a importância de que mulheres, especialmente após a menopausa, monitorem fatores de risco como pressão arterial, colesterol e glicemia, além de adotarem hábitos saudáveis.

Fatores não tradicionais, como diabetes gestacional e doenças inflamatórias autoimunes, também aumentam o risco cardiovascular. Mulheres jovens, em especial, enfrentam um crescimento preocupante nas taxas de infarto, muitas vezes devido à obesidade e hipertensão. Transtornos de ansiedade e depressão, mais frequentes em mulheres, também estão associados a um maior risco de doenças cardiovasculares, ressaltando a necessidade de uma abordagem integrada para a saúde física e mental.

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Michelle Marie