O governo federal publicou o decreto que regulamenta a nova composição da cesta básica, composta por alimentos in natura ou minimamente processados essenciais para alimentação da população. A modificação visa reduzir riscos de doenças, valorizar a agricultura, proteger o meio ambiente e diversificar a alimentação do brasileiro com alimentos mais saudáveis.
Para Alexandre Augusto Gaino, professor de Economia da ESPM, o Ministério do Desenvolvimento e Assistente Social expandiu os itens que compõem a cesta básica e eliminou os alimentos processados e ultraprocessados, que na prática servirá para guiar e orientar o governo na formulação de políticas públicas relacionados à produção, ao abastecimento e ao consumo de alimentos. “A partir de agora fica mais fácil do Estado adquirir os alimentos para os hospitais, a merenda escolar e outras repartições públicas. Terá uma ferramenta importante com ampliação do poder de compra. Além disso, vai estimular o crescimento da produção agrícola e, por consequência, aumentar a oferta desses alimentos oferecidos à população com possibilidades de custos menores”.
O especialista ressalta que a ação irá possibilitar políticas tributárias, com subsídios e redução de tributos para os produtos constantes na cesta, além incentivar a população no consumo de produtos de melhor qualidade nutricional. “Uma família de baixa renda, aquelas que ganham um salário-mínimo, poderão ter acesso a essa nova cesta básica, pois com o aumento da escala produtiva e ampliação de oferta, ajudará no barateamento desses alimentos”, conclui Gaino.
Segundo estudos, o consumo de alimentos processados e ultraprocessados ricos em gordura, aditivos e açúcar, aumenta a prevalência de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, hipertensão e diversos tipos de câncer. A nova cesta básica será composta por alimentos de dez grupos diferentes, compondo um padrão alimentar mínimo para todo o país, composto de cereais, feijões (leguminosas), raízes e tubérculos (batata), legumes e verduras, frutas, castanhas e nozes (oleaginosas), carnes e ovos, leites e queijos, açúcares e sal, óleo e gorduras, café, chá, mate e especiarias.
Fonte: Alexandre Augusto Gaino, professor de Economia da ESPM