Em 2024, o mercado de embalagens biodegradáveis está estimado em US$ 105,26 bilhões, enquanto o setor de embalagens sustentáveis alcança US$ 292,71 bilhões, conforme pesquisa da Mordor Intelligence. Ambas as indústrias estão projetadas para crescer nos próximos cinco anos. No Brasil, esse movimento também é perceptível, com 56% dos consumidores preferindo restaurantes que utilizam embalagens sustentáveis, e 76% considerando importante que essas embalagens tenham o selo de sustentabilidade, segundo dados do Instituto Opinion Box de 2023.
Uma embalagem sustentável deve ser feita de material orgânico ou reciclável, exigir pouca energia e recursos naturais em sua produção e ter impactos ambientais reduzidos após o descarte, medidos pela Avaliação do Ciclo de Vida (ACV). Já uma embalagem biodegradável deve decompor-se naturalmente por meio de microrganismos, convertendo-se em biomassa, dióxido de carbono e água, e conforme normas da ABNT, deve quebrar-se em pedaços menores que 2 milímetros em até 90 dias.
Conforme a pesquisa da Toluna para a Two Sides, em 16 países, o papel lidera o consumo de embalagens sustentáveis, seguido por vidro, metal e plástico. Com uma taxa de decomposição de 60 dias em condições adequadas, o papel é um material sustentável e biodegradável.
Empresas têm buscado soluções sustentáveis para seus negócios, refletindo no crescimento do mercado de fornecedores. “Nossos principais clientes são micro e pequenas empresas do setor de açaí e sorvetes, que mais investem nessa frente,” afirma Carlos Henrique Siqueira, CEO da Global Embalagens. Segundo pesquisa da Fispal Sorvetes, Abrasorvete e Agagel, 88,7% dos entrevistados buscam investir em sustentabilidade, com 41,5% das microempresas do setor implementando ações sustentáveis.
A Global Embalagens, com 30 tipos de embalagens de papel e papelão e indústrias em Betim, Fortaleza e Santo Estevão, registrou um aumento de 900% no número de clientes nos últimos quatro anos. “O segmento tem um desafio para atender pequenos players comparado à demanda dos grandes. As empresas nos procuram quando percebem que embalagens biodegradáveis podem ser acessíveis para todos os portes de mercado,” conclui Siqueira.