A entrega de comida por drones está ganhando espaço no Brasil, liderada principalmente pelo iFood, que se tornou a primeira empresa no país a obter permissão da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para operar comercialmente com drones. Esta nova modalidade de entrega promete uma série de benefícios, incluindo a redução do tempo de entrega, diminuição do tráfego urbano e a redução das emissões de CO2.
A operação funciona da seguinte maneira: o cliente faz o pedido pelo aplicativo, o item é embalado e transportado por um drone até um "droneport" (ponto de decolagem e pouso de drones). De lá, um entregador coleta o pedido e o leva até o endereço final utilizando moto ou bicicleta. Essa abordagem híbrida permite que os drones façam as partes mais complicadas do trajeto, como áreas de difícil acesso ou com grande congestionamento, enquanto os entregadores completam a última etapa da entrega.
Os drones utilizados pelo iFood, em parceria com a Speedbird Aero, podem carregar cargas de até 2,5 kg em um raio de até 3 km. Essa tecnologia já está sendo testada e implementada em várias regiões do Brasil, inicialmente focando no Nordeste.
Há, contudo, desafios e limitações, como a capacidade limitada de carga e a necessidade de retorno ao ponto de origem após cada entrega. Apesar dessas restrições, os drones oferecem vantagens significativas em termos de velocidade e eficiência em percursos curtos, especialmente em áreas com alta densidade de entregas.
O avanço da entrega por drones no Brasil depende ainda da criação de regulamentações adequadas e da infraestrutura necessária para suportar essa tecnologia de forma segura e eficiente.