Estrela de capas de revistas como a Vogue britânica e rosto de campanhas publicitárias para grifes como Chanel e Burberry, a modelo, atriz e ativista Adwoa Aboah conta à Casa Vogue que nunca desejou morar em um cenário. Sob sua orientação, o projeto da residência, em Londres, foi realizado pela designer de interiores Beata Heuman e pelo arquiteto Lewis Kane. “Cresci em um lar cheio de cores e estampas, onde nada combinava. Era despretensioso e confortável. E era isso o que eu queria”, explica.
Adwoa estava com o pai, Charles, e a irmã, Kesewa, quando viu a casa de tijolos vermelhos de quatro andares, cinco anos atrás. Buscava seu novo endereço na região próxima à residência de seus pais, no oeste de Londres, mas nenhuma das opções era “a escolhida”. No papel, também não seria aquela: além de não ter instalação elétrica nem aquecimento, havia sido dividida aleatoriamente em cinco unidades. “Quando nós entramos, olhamos um para o outro e simplesmente soubemos”, lembra. “Estava desmoronando, mas eu pensei: ‘Esta é a minha casa’.”
A entrada da casa de Adwoa é ilusória. A construção da era vitoriana, com a porta pintada de preto, dá poucos indícios da decoração que há por trás dela, e sugere, talvez, uma moradora com uma queda pelo simples. Ao entrar no hall, entretanto, toda a sua personalidade se revela. Pendurado em uma parede banhada de rosa suave, longe de qualquer rastro de minimalismo, um estandarte vintage exibe arte africana simbólica de Asafo – uma homenagem à herança ganense e inglesa dela, que nasceu no Reino Unido – e recebe os visitantes. “Fiz questão de colocá-lo aqui, logo na entrada, para dar o tom”, justifica ela sobre o objeto. “Nós colecionamos essas bandeiras há muito tempo – eu, meu pai e minha irmã.”
Lembranças da vida da moradora preenchem os espaços e conferem à casa um caráter afetivo. Por ali, estão espalhadas as colaborações criativas de familiares e amigos. A biblioteca é um tesouro de curiosidades ecléticas (incluindo sua própria boneca Barbie), fotografias raras e pessoais, obras de arte (uma tapeçaria de parede feita por sua irmã como parte de seu curso de arte está pendurada em um local de destaque) e livros colecionados ao longo dos anos.
A sala de estar foi projetada em torno de uma tela em grande escala de Ariana Papademetropoulos. “Uma amiga me apresentou o seu trabalho e me apaixonei completamente”, conta a modelo. “Amigos disseram que se pudessem imaginar uma casa que me descrevesse, seria esta. Me sinto em paz aqui. É meu santuário”, conta à Casa Vogue.
Confira o conteúdo completo na Casa Vogue de fevereiro, disponível em versão digital e nas melhores bancas do país.