O artista/ativista Frans Krajcberg dedica sua vida para proteger a saúde do planeta. Indignado com a liquidação da natureza ele anuncia seu grito de protesto a favor do meio ambiente através da sua obra, que traduz a crueldade que o homem provoca contra as florestas. De acordo com o artista, trata-se um país onde seu povo vive de mentira. O escultor que mora numa casa sustentável numa árvore em Nova Viçosa, Município situado no Sul da Bahia ainda diz que já foi vitima de tentativa de assassinato. Nascido no dia 12 de abril em Kozienice (Polônia), oriundo de uma família de comerciantes pobres, o artista conhecido mundialmente é o terceiro dos cinco filhos, entre eles, dois irmãos e duas irmãs. Tornou-se brasileiro por essência, embora tenha sido naturalizado brasileiro por vias legais. “Sou mais brasileiro que todos vocês juntos”, disse o escultor se dirigindo à repórter do site de Michelle Marie.
A casa que na cabeça de muitas crianças ainda é um sonho, tornou-se realidade no Sítio Natura em Nova Viçosa. A casa projetada pelo arquiteto Zanine Caldas e foi construída em cima do galho de uma enorme árvore morta que o artista ganhou de um fazendeiro. O lar projetado por Zanine está a 7 metros do chão. “Tarzan mora lá em cima”, brincou o artista apontando para o alto, com um sorriso de menino.
Ex-combatente do Exército Soviético durante a Segunda Guerra Mundial, acabou perdendo toda sua família nos campos de concentração nazista durante a guerra que ocorreu entre (1939-1945). Ao chegar ao Brasil depois de morar em outros países, inicialmente teve morada fixa em São Paulo, onde ajudou a montar a primeira Bienal de São Paulo. “Chegando aqui no Brasil em 1947 queria fugir do homem de qualquer maneira, mas em todo planeta tem homem. As vezes um homem um pouquinho diferente porque mora em outro lugar e vira bárbaro contra os outros”. Explicou.
Diante do cenário de devastação do meio ambiente o escultor decide lutar pela vida e fala que pela primeira vez na história da humanidade a arte se preocupa com a saúde do planeta e afirma que sua luta é pela vida. Suas fotografias é uma denuncia contra as queimadas no Brasil, e suas esculturas são feitas com os destroços do desmatamento provocado pelo homem. “A mata mais bonita do planeta, era a do sul da Bahia e foi tudo liquidado. Cadê os intelectuais do Brasil para se manifestarem e fazer alguma coisa”?