Durante minha visita a Fortaleza, fui surpreendida e encantada pelas árvores de Natal feitas com redes de dormir, um dos destaques do Ceará Natal de Luz. Localizadas na Praça do Ferreira e na Praça Portugal, essas árvores não são apenas belas, mas também profundamente representativas da identidade cultural cearense.

A árvore da Praça do Ferreira, com seus 25 metros, e a da Praça Portugal, com impressionantes 36 metros adornados por ilustrações do artista cearense Mino Castelo Branco, celebram a essência do artesanato local e a criatividade. Criadas há 17 anos pela arquiteta Denise Braga e pelo designer Pablyto Leivio, essas árvores simbolizam sustentabilidade, memória afetiva e conexão com as raízes nordestinas. Mais do que simples decorações natalinas, elas mostram como elementos do cotidiano podem ser transformados em obras-primas que encantam moradores e turistas.

Essa experiência em Fortaleza me inspirou a pensar como a Bahia poderia criar sua própria interpretação desse conceito, celebrando o Natal com elementos profundamente ligados à sua cultura. Imagine uma Árvore de Natal de Fitas do Senhor do Bonfim como um marco para a Bahia durante as festas de fim de ano.

As fitas do Senhor do Bonfim, com seu colorido vibrante e seu significado de devoção, fé e esperança, poderiam formar uma árvore imponente e cheia de vida. Além de sua beleza, cada fita carregaria mensagens de paz e prosperidade, convidando os visitantes a amarrarem seus próprios votos, em um gesto que une tradição e espiritualidade.

Essa iniciativa não só valorizaria o artesanato local, como também promoveria a sustentabilidade e a integração da comunidade. A árvore poderia ser montada em locais emblemáticos, como o Farol da Barra ou o Pelourinho, e se tornaria um ponto turístico, conectando o espírito natalino à alegria contagiante da Bahia.

Fortaleza mostrou como a criatividade transforma o Natal em algo único e inesquecível. E agora, a Bahia tem a oportunidade de, com suas fitas do Senhor do Bonfim, criar um marco natalino tão emocionante quanto. Que tal abraçar essa ideia e transformar nossas tradições em um espetáculo cultural para o mundo?